
É carnaval...
Teria eu guardado,
Alguma fantasia
Que tenha sobrado
De qualquer alegoria
Do meu passado?
Só vejo no fundo
Do armário vazio,
Um traje imundo
De mofo e de frio,
Do tempo oriundo...
Deixo-o às traças
Da tola lembrança...
São fúteis fumaças
De veste esperança,
Bordando pirraças...
Cubro-me do nada,
Enfeito-me do riso,
Na máscara pintada...
Confetes ora piso,
Pra nua ser levada...
Telma Moreira
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